sábado, 9 de março de 2013

Há quanto tempo que não encontro palavras p´ra me dizer, um vazio de vontade foi-se instalando, alguma coisa passou por aqui que me retirou a energia ... quase toda. Chama-se rotina, a besta, passou por aqui e quis, quer, ficar. E eu deixo, porque não tenho remédio, às vezes o dever é maior do que o desejo... Ai se eu pudesse... O euromilhões, exatamente, seria a solução. E se ele não vier... pode sempre pensar-se que há outros milhões, outras sortes, o pior é a malvada que se "alapou", espaçosa...  Neste momento resta-me estar atenta à meteorologia, esperar que as previsões apontem tempo de verão, há sempre o verão, é preciso é saber esperar!
Um poema para a Margarida... mais um... este é do José Luís Peixoto
 
na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.