sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Austeridade

   Fui ao dicionário verificar e austeridade, segundo um dicionário muito elementar de que às vezes me sirvo por ser pequeno e de fácil consulta, significa qualidade do que é austero; severidade; inteireza de caráter. Eu disse que o meu dicionário é elementar, por isso não estranhem o resumo. Qualidade do que é austero suponho que seja uma expressão muito oca, se não soubéssemos o que significava austeridade, parece-me bem que continuávamos na mesma escuridão; severidade já acende uma luz ao fundo do túnel. Senão reparem, na televisão fala-se todos os dias nas novas medidas de austeridade e parte-se do princípio que todos sabemos o que isso é (todos, entenda-se o zé povinho também). Mas será que todos  percebemos o enigma por detrás dessa informação? Suponho que a falta de transparência dos políticos começa precisamente na falta de tato com as palavras (falta de tato ou tato político? ...). Presumo que, se estes usassem a palavra severidade, talvez fossem  mais claros porque o que estas medidas são é autênticas feras prestes a saltar-nos em cima, dos bolsos, entenda-se. Só a severidade das feras pode traduzir esta atitude política. Finalmente, inteireza de caráter, esta, sim, é do conhecimento geral, entendem-na na perfeição, notam-lhe, no entanto, uma certa descontextualização, sobretudo se de política, ou políticos, se tratar . Mas, palavras à parte, com austeridade ou sem ela, penso que já todos entendemos que o futuro nos reserva muita severidade. Para lhe sobreviver, será que todos se vão reger pela mesma inteireza de caráter?  A ver vamos!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Futuro enjaulado

   Há profissões que enjaulam. Bem, não sei bem se são as ditas, se é a conjuntura económica do país. A verdade é que ganhamos pouco, os que ganhamos, e, como precisamos muito, deixamo-nos atidos ao medo de ficar sem emprego. Por isso, todos os dias vamos colocando mais uma grade na nossa gaiola, aceitando sem contestar os pedaços que nos atiram. Ainda por cima, ninguém pergunta se estamos bem, ninguém elogia nem aprecia. Pior que tudo, vamos esperando para ver. No entretando, perdemos a força, a única capaz de libertar amarras,  de agitar o impulso,  de gerar estimulos. E continuamos lá, como a minha gata, à espera que alguém se lembre dela e da sua hora de comer. Pobre coitada, nunca reclama. Terá perdido a força? Tão nova ... 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Para um rapaz ...

... malandro, mas um malandrinho bom; maroto, mas da marotice boa; meigo, mas nada de lamechice; conversador de conversa animada; cantor à boca cheia e pianista em formação. Numa palavra, Pedro, um rapaz feliz! Parabéns Pedrinho!

Escolhi esta imagem porque tem animais, como tu gostas!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Margarida

   A margarida é uma flor, das mais bonitas. É branca, e por isso lembra as coisas puras, inocentes, generosas e boas. É amarela, por isso lembra um sorriso bonito, a alegria, o entusiasmo, olhos atentos e curiosos. E não é que a minha sobrinha também se chama Margarida! Parabéns, minha flor!
Na Uz não há margaridas, mas há flores bem bonitas que lembram as margaridas e a Margarida!